Ninguém sabe quem eu sou. (Nem eu mesma sei).
Ninguém sabe quantas vezes fui para o quarto a chorar. (Nem eu mesma me lembro).
Ninguém sabe quantas vezes perdi a esperança e me deixei ir abaixo. (Nem eu sei quantas vezes foram). Ninguém sabe quantas vezes tive que evitar de chorar, ninguém sabe o que me passa pela cabeça sempre que eu estou triste e como horrível isto é. (Nem eu me recordo).
Então como podes julgar uma pessoa se nem tu próprio te conheces? Como podes ofender um ser se não conheces as verdadeiras razões? Porque é que o ser humano gosta de magoar, mas não gosta de ser magoado? Porque não tentar perceber porque que aquela pessoa tem aquelas reacções, porque tem aquele jeito de caminhar, aquele jeito de se vestir, aquele olhar, porque se maquilha daquela maneira? Porque não anda na moda como todas as pessoas? Se existem porquês é porque algo existe. Talvez não ande na moda porque não tem dinheiro para estar a gastar em futilidades. Talvez até queira usar algo bonito, algo intitulado "a moda" mas talvez tenha outras prioridades, uma casa para pagar, uma família para alimentar. Porque é que ela nunca vêm sair connosco? Talvez ela queira sair, mas tem que cuidar da avó que esta doente, do irmão mais pequenino ou então tem que ajudar os pais na terra. Tantas futilidades, tantos porquês (...) mas nós HUMANOS ainda continuamos a julgar, e vamos julgar até ao fim.
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